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Nove meses de melancolia, seis dias de mudanças

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Os últimos nove meses têm sido árduos ao torcedor carijó. Até o domingo (5), eram 13 jogos sem uma vitória sequer. Dois rebaixamentos. Embates  marcados por equipes pouco propositivas, sem consistência coletiva e frágeis defensivamente – sobretudo na transição pelos lados do campo.

Mesmo machucados, muitos alvinegros juntaram os cacos no domingo, na estreia na Série D, em Santa Catarina, com a esperança de um futuro menos caótico – ao menos naquilo que acontece dentro das quatro linhas. O futebol, afinal, é imprevisível e nos deixa extasiados jogo após jogo – vide Liverpool 4 x 0 Barcelona, desta terça, ou Grêmio 4 x 5 Fluminense – de domingo.

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Contra o Hercílio Luz, o treinador alvinegro, Beto, surpreendeu ao levar equipe com três zagueiros a campo – disposição menos frequente na intertemporada do que com a linha de quatro defensores. Guilherme Canela se juntou a Adalberto e Lucas Tavares. Ocorre que quantidade não é qualidade. O trio, exposto, errou individualmente. A recomposição, principalmente pelos lados, falhou. Sem a bola, o Tupi não podia ser intensamente agredido. E não agredia o portador da bola intensamente. Bastava imprimir velocidade na transição ofensiva e a equipe catarinense encontrava superioridade numérica, um contra um diante de zagueiros e ocupação de espaços no último terço de campo.

Momento do primeiro gol do Hercílio Luz, com Ryan cobrindo saídas de Adalberto e Tavares, e superioridade numérica catarinense (Foto: Reprodução/MYCujoo)

É com a bola, no entanto, que as mudanças são vitais. Da água para o vinho. Na estreia, nada pareceu dar certo. Atacantes isolados, poucas triangulações e intensidade com a bola. Beto tem a chance de colocar em prática, neste sábado (11), contra o Itaboraí (RJ), às 16h, no Estádio Municipal, tudo o que costuma dizer nas entrevistas e o que o torcedor não viu na estreia: uma equipe organizada de trás para frente e que possua e aproveite a bola.

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Não apenas precisa. Beto depende disso. De segunda ao sábado, a organização ofensiva deve ser priorizada. O retorno da linha de quatro e a entrada de mais um atleta na criação deve ser o caminho. O torcedor não suporta mais times que entram para não perder. Nove meses de melancolia. Seis dias para mudanças. É vencer ou vencer.

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