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O Brasil dos laterais

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Desde quando comecei a me apaixonar pelo futebol, nunca tive dúvidas de que o Brasil é o país dos laterais. De Djalma e Nilton Santos, Carlos Alberto Torres, Roberto Carlos, Cafu e tantos outros. De diferentes características, sempre marcantes. Importantes tanto no aspecto técnico, quanto no campo tático.

E foram justamente os laterais que protagonizaram esta janela de transferências. Sorte de Flamengo, São Paulo, Athlético-PR, por exemplo, que repatriaram importantes nomes como Filipe Luís, Rafinha, Daniel Alves e Adriano. E por mais que estas três equipes atuem de formas bem diferentes, o investimento nos atletas de lado de campo, na humilde opinião deste que vos escreve, encorpa uma tendência de valorização desta posição de tanta escassez técnica no país, mas de potencial tático surpreendente.

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Veja o Santos, de Sampaoli, líder da Série A. Victor Ferraz, capitão alvinegro, e Jorge, são fundamentais no modelo do argentino. O primeiro auxilia a criação pelo meio, se posicionando mais pelo centro e assistindo os meia-pontas; o ex-Fla, além de sempre incomodar os adversários com suas investidas ao ataque e finalizações, também fecha uma primeira linha, preferencialmente alta, com os zagueiros.

Sobre os contratados, Rafinha sobra tecnicamente no Brasil. O momento defensivo deve ser aprimorado, já que a ideia de Jorge Jesus também não contribui para uma proteção aos flancos. O caso de Daniel Alves, trazido pouco antes de Juanfran, se difere pelo posicionamento mais adiantado que o capitão da Seleção deverá ocupar. Já o polivalente Adriano encaixa na linha de quatro do ótimo Tiago Nunes, em qualquer lado.

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Mesmos distantes das lendas citadas no início, a valorização da posição é uma boa notícia ao futebol brasileiro. Afinal, o Brasil tem que seguir como o país, também, dos laterais.

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