O esporte é feito de vitória e derrotas. É o tal óbvio ululante, de Nélson Rodrigues, que muitos insistem em não enxergar. Por mais que a maioria sempre sonhe com os triunfos, nem sempre eles se tornam realidade. Assim é a vida. De todas as lições da bola, talvez a mais mais importante seja aquela que determina que é preciso saber perder para aprender a vencer. A dor silenciosa dividida por 15 mil pessoas no último sábado, no Estádio Municipal, diz muito a respeito disso.
O Tupi chegou muito próximo de um objetivo histórico. Para o torcedor carijó, desde a reformulação do Campeonato Brasileiro com a adoção dos pontos corridos, a Série B tornou-se um oásis. Visível. Porém, irreal. Apesar de doída como a morte, a derrota para o Paysandu nos mostrou que ocupar uma cadeira na mesa dos 40 melhores do país é sim possível. E o Tupi, agora estabilizado na Série C, parece cada dia mais perto dessa realidade.
Derrota à parte, o Carijó parece ter aprendido o caminho que leva à realização de objetivos. Tudo é possível quando se trabalha sério, com dedicação e afinco. Tais qualidades não faltaram ao Galo Carijó que, dentro e fora de campo, fez uma campanha para se lembrar sempre. Entre os menores orçamentos da competição, o time de Juiz de Fora conseguiu tirar o sono de muita gente e só não ficou com a vaga graças aos caprichos dos deuses do futebol e uma única partida abaixo da média.