Nunca foi segredo para ninguém que a principal meta alvinegra era chegar à Série B em 2016. O objetivo permanece plenamente possível. Sei que é inviável, contudo, gostaria de ver os juiz-foranos repetirem o público do revés contra o Vovô, quando quase dez mil pessoas foram ao Municipal. Sonho com o estádio cheio, mas, honestamente, dispensava um tipo que se torna cada vez mais comum nos arquibancadas brasileiras: os corneteiros.
O profissional da vaia ganha pouco. Alguns dizem que ele sequer tem salário. Mas o fato é que o sujeito tem trabalho. Mais do que apoiar, esforça-se tanto para cobrar que seu olhar raivoso mais parece recalque. É a antitorcida. Vaia um “uuhhhhh” que, de tão sofrido, ecoa na arquibancada mais forte que o grito do vendedor de pipoca e atrapalha muito mais que ajuda.
Sei do direito indissociável de crítica a quem paga ingresso, mas, em um momento de reconstrução da confiança e retomada do planejamento de sempre, não é disso que o Tupi precisa durante os 90 minutos. Guardemos as críticas e os xingamentos para o antes e o depois da partida e façamos neste sábado um ditado popular diferente: “Quem tem boca, vai ao Municipal!”