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2018 de incertezas

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Tenho expectativas bastante distintas com relação ao Brasil em 2018. Ambas trazem incertezas. Uma, desconforto e desesperança. Falemos do cenário mais sombrio depois. Como este é um espaço esportivo, nada mais justo que o tema seja privilegiado. Apesar da incerteza anteriormente citada, creio que a Seleção não irá decepcionar. Isto não garante a Copa, mas um futebol bem jogado, digno de uma equipe que fez uma temporada nos cascos e retomou sua eterna condição de favorito. Tite devolveu ao Brasil organização, dignidade e respeito. Tudo isto, aliado a um planejamento adequado, pode fazer com que o ídolo Neymar leve a equipe ao sonho do hexa.

Hora de falar do Brasil de verdade, do país da incerteza, do desconforto e da desesperança. Não sei nem de longe o que esperar de 2018 e de um processo eleitoral que já começa equivocado, com uma maioria sendo utilizada como mula para disseminar a droga da desinformação pelas redes sociais. O resultado desta overdose de discursos distorcidos é uma explosão de ódio e um recrudescimento de uma polarização burra. Não sejamos tontos: quem assume um posicionamento diferente não é inimigo, adversário ou rival. A boa política, que deve ser praticada pela população, não é futebol – não que práticas de ódio se justifiquem no âmbito esportivo. Assim, não devemos procurar por ídolos para alcançar a organização, a dignidade e o respeito almejados. Isto só será possível com planejamento, diálogo e construção coletiva – que é do que se trata o esporte, a boa política e o nosso futuro como sociedade. Feliz 2018 a todos. Indiscriminadamente.

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