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Raro acerto

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O ano “começou” com uma rara decisão positiva da cartolagem brasileira. A proibição da venda de mandos de campo tomada nesta quinta-feira (27) em reunião entre representantes dos times da Série A e do comando da CBF é justa do ponto de vista desportivo.

Em gramados brasileiros, a venda de campo é quase sempre injusta. Quase nunca há uma coerência. Assim, quem vende se beneficia com alguns trocados e, de quebra, beneficia o adversário levando o confronto para, no mínimo, um campo neutro. Na maioria das vezes, o que se vê é uma inversão de mandante, pois quem vende o mando, em geral, joga em um estádio lotado pela torcida do oponente.

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A principal treta é que quem vende o mando não vende em todos os jogos. Assim, alguns times são beneficiados pelo campo neutro, enquanto outros jogam, de fato, na casa do adversário. Daí, o equilíbrio desportivo necessário para toda e qualquer competição vai para as cucuias.

O acerto raro, contudo, veio acompanhado dos erros de sempre. Colocada à mesa, a definição de um limite para o troca-troca de treinadores no Campeonato Brasileiro não veio. Os clubes alegam que tal limitação seria uma ingerência na gestão administrativa das agremiações.

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Fosse isto, de fato, será que aceitariam a justificável redução do limite de jogadores inscritos, que caiu de 45 jogadores, com cinco trocas, para 40, com oito substituições? A ferro e fogo a ingerência é a mesma em ambos os casos, mas todas com objetivos claros de delimitar certos critérios e aspectos do campo desportivo.

Nada tira da minha cabeça que os cartolas são contra o limite de troca de treinadores, pois sempre usam os técnicos como bode expiatório para escudar suas próprias incompetências na gestão de seus clubes, desde a montagem do elenco e planejamento até os corriqueiros atrasos nos pagamentos de salário.

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