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Boa vitória

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A televisão ligada na redação funcionava como um repetitivo som ambiente, ignorado pela maioria. Entretido com a labuta diária, confesso que também acompanhava a partida entre Brasil e França com certo descaso. De fato, aquele amistoso caça-níquel não valia quase nada. Entre um olhar e outro, não nutria maiores sentimentos com a partida até que, aos 20 minutos, Varane aproveitou escanteio e abriu o placar para os franceses. De certa forma, aquele gol à la Zidane aflorou o trauma da final Copa de 1998, quando ainda era um jovem apaixonado pela Seleção. Passei a observar mais o jogo. Entre uma espiadela e outra, não me arrependi do que vi.

Apesar do caráter amistoso do confronto, as duas seleções fizeram apresentações de alto nível. Principalmente, o renovado time brasileiro, que vem surpreendendo a muitos pelo bom padrão de jogo. Mais do que na base do talento individual de Neymar, como acontecia com Felipão, o time de Dunga chegou a sua sétima vitória em sete jogos com ênfase no esquema tático. Como rege a última moda em Paris, o Brasil soube girar a bola, confundindo a marcação e encontrando espaços. Foi assim, na base do toque de bola, que saíram os gols de Oscar e de Neymar, quando o time mostrou maturidade para sair de uma situação de pressão e chegar ao ataque com poder de decisão.

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Ainda é cedo e era um amistoso caça-níquel que não valia quase nada, mas, na verdade, a boa vitória e o exorcismo do fantasma de 1998 prova que existe vida após o 7 a 1. Que venha o Chile e a Copa América.

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