Vai começar o maior campeonato nacional do planeta, o Brasileirão. Esqueçam os campeonatos inglês, espanhol ou alemão… Só por aqui assistimos a um torneio em que pelo menos oito times entram em campo almejando levantar a taça. Via de regra, nosso campeonato nacional é quase sempre imprevisível. Temos favoritos? Temos. Mas não são favas contadas como nos países europeus em que, quase sempre, a taça é disputa por duas equipes. Na Espanha, por exemplo é Barcelona ou Real Madrid e ponto final. Mesmo que, vez ou outra, um Atlético de Madrid tente dar uma de Zé Graça. Na terra descoberta por Cabral, amigos, não há campeão de véspera. E isto é muito bom.
Sem fugir dos palpites, vou registrar por aqui quem eu destacaria como favoritos. Seja pelo tempo de trabalho ou pelo elenco farto e rico, o atual campeão brasileiro Palmeiras e o atual campeão da Copa do Brasil, o Cruzeiro, puxam a lista. A equipe paulista tem a receita para chegar ao título – o fez em 2018 – e conta com elenco de sobra para superar adversidades. Lesões não devem ser problemas para o projeto de Felipão. Já a Raposa mineira é, hoje, o melhor time do Brasil dentro das quatro linhas. Os comandados de Mano Menezes estão invictos há 21 jogos. Há três anos no comando celeste, Mano tem um baita plantel e desenvolve um trabalho que o coloca de volta ao panteão dos melhores técnicos do país.
Na mesma prateleira de Palmeiras e Cruzeiro coloco também Flamengo e Grêmio. Em condições de igualdade pelas mesmas razões: um tem um elenco de grande qualidade e variadas opções; o outro, um trabalho longo e vitorioso. Apesar de ainda buscar uma cara mais definida, o Rubro-Negro de Abel Braga já mostrou na temporada sua verve ofensiva. Em um campeonato longo como o Brasileirão, atacar é preciso para quebrar as retrancas que dominam a maioria das equipes brasileiras. Trabalhando melhor a defesa, o Fla vai pontuar na maioria das partidas e brigar no topo da tabela. Já o Imortal gaúcho parece ter superado uma breve má fase. A apresentação da última terça-feira contra o bom Libertad pela Libertadores lembrou aquele time que ganhou a América há um ano e meio. Renato Gaúcho tem o grupo na mão e tem em Cebolinha o craque do momento.
Correndo por fora, como não podia deixar de ser, tenho que colocar meu Corinthians. A despeito das críticas sobre a “beleza” do futebol apresentado, não podemos negar que o Timão é cascudo, e o técnico Fábio Carille, iluminado.
Por ora, atrevo-me a arriscar: a taça não sai das mãos destes cinco. A conferir.