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Só quero sossego

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Alô, Papai Noel! Já te pedi tanta coisa nessa vida – fui atendido em algumas, é fato – que hoje só quero sossego. Não o sossego do mestre e rabugento Tim Maia, que cantou aos quatro cantos que não queria ser amolado e tampouco saber de trabalho. Quero trabalhar e viver com o sossego de poder ir e vir sem ter receio de que pessoas intolerantes impliquem com a camisa do meu time ou com o que penso com relação ao mundo. Quero o sossego que Chico Buarque não teve, quando, após um ‘happy hour’ no Leblon, foi agredido verbalmente por um grupo de bobos que têm um umbigo no lugar do cérebro. Reitero, bobos que têm direito pleno a defender seus “pensamentos” bobos, desde que isso não signifique intimidar quem apresente raciocínio distinto.

Sim, bom velhinho! Posso estar pedindo demais, mas o presente que quero para 2015 e todos os anos que restarem de minha vida é mesmo sossego. Quero que Chico possa gostar e defender ideologicamente o partido que acredita, da mesma maneira que quem crê em outra sigla partidária ou em nenhuma também deve ser respeitado. Quero que Chico possa gostar do Fluminense – como eu gosto do Corinthians e você, leitor, de qualquer outro time – e possa andar na rua com a camisa tricolor em dia de clássico sem receio de ser violentado por isso. Quero uma sociedade mais tolerante com as diferenças que compõem sua própria essência.

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É isso, Papai Noel! Só peço sossego para mim e para todos que estiverem – ou não – lendo essa coluna. Até para os bobos que interpelaram Chico na saída do restaurante, desde que deixem de ser “crianças levadas” e aprendam a respeitar a opinião alheia.

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