Ainda vivo a ressaca da vitória. Por vezes, questiono se a realização do anseio que vem desde o molhado 1997 é mesmo verdade. Apesar de não ter dúvida nenhuma de que se trata de um sonho lúcido, a ficha do acesso vai caindo aos poucos. Difícil mesmo é dimensionar a nova realidade do Tupi. Não basta falar que estamos entre os 40 melhores clubes do país. Os méritos vão muito além disso.
Acostumado a viver de migalhas, o Carijó tem agora um lugar na mesa daqueles que comandam o futebol nacional. Terá direito a seu pedaço do bolo. Por isso, há de se gerir a nova realidade financeira que se deslumbra no horizonte com inteligência. Sem megalomania. É importante pensar no futuro e usar parte da grana para reforçar a mais do que deficitária estrutura do clube.
Assim, um planejamento além das quatro linhas se faz necessário. Com inteligência, podemos permanecer na Segundona e, tomara, daqui a alguns anos sonhar com um novo acesso e o banquete da Série A. Para um clube que não tem sequer lugar para treinar, onde tudo acontece na base do coração, repito: é preciso investir em estrutura. Só assim o Tupi será, de fato, um clube da grandeza de seus torcedores mais abnegados.
Antes disso, porém, acredito que podemos beliscar mais um título nacional.