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“A graça do futebol é exatamente a sua imprevisibilidade.” Escrevi esta frase – tão despretensiosa, quanto verdadeira – na coluna da semana passada, quando cravei que seria quase impossível tirar o Campeonato Brasileiro do Palmeiras, mesmo após apenas nove rodadas disputadas, diante da regularidade mostrada pelos paulistas desde o torneio do ano passado. Uma semana depois, a despeito do Santos ter diminuído a diferença para o líder – de oito para seis pontos -, mantenho o que disse há sete dias: a graça do futebol é exatamente a sua imprevisibilidade.

Dei a volta no Brasileirão para falar de Copa do Brasil. Na última quarta (17), vimos os dois mais poderosos – e mais ricos – elencos do Brasil darem adeus ao mata-mata mais bacana do país. Palmeiras e Flamengo quedaram-se de cabeça erguida para equipes de qualidade, porém, de orçamentos bem menos vultuosos. Internacional e Athletico Paranaense mereceram a classificação e reforçaram duas máximas eternas do futebol: favoritismo não entra em campo e não existe vencedor de véspera.

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Com o ouvido nas esquinas frias da cidade mineira que mais flerta com os costumes cariocas, o que se viu nesta quinta-feira foi muito bullying com flamenguistas em silêncio. O mesmo deve ter acontecido do lado de lá do pedágio, no Rio de Janeiro, de fato. O mesmo deve ter acontecido em São Paulo, com piadas requentadas e palmeirenses emudecidos. Afinal, ao que parece, é a bobagem do torcer contra que move a paixão do brasileiro pelo futebol.

Contudo, de tudo que meus ouvidos moucos conseguiram captar, dou mais razão a flamenguistas e palmeirenses silentes do que a seus algozes. A despeito dos resultados de quarta e das eliminações, de certa forma precoce, da Copa do Brasil, as duas equipes seguem favoritas em todos os torneios que disputarem em solos brasileiros e sul-americanos, uma vez que possuem um poderio financeiro muito maior que os de seus concorrentes. Porém, cabe reforçar que dinheiro não ganha jogo e gramado é terra fértil para o imponderável.

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