O futebol brasileiro vive um momento curioso. A Seleção masculina, que sempre foi orgulho nacional, vai mal das pernas. O respeito que o 7 a 1 tirou não voltará de um dia para o outro. Muito menos na Copa América. Por outro lado, as categorias menos badaladas são aquelas que têm mostrado potencial para inspirar.
Na semifinal da Copa do Mundo Sub-20, o Brasil passou por cima de Senegal por 5 a 0. Um Brasil que, finalmente, foi Brasil. Amanhã, às 2h, a Seleção tenta o hexa contra a Sérvia. De quem é o favoritismo? Do melhor time, com melhor rendimento e que, coincidência ou não, traz a história consigo. Vencendo ou não, vai dar orgulho, mas poucos vão vibrar ao vivo.
O mesmo pode ser dito do outro motivo de orgulho para o nosso futebol. A Seleção feminina teve três vitórias em três jogos, quatro gols feitos e nenhum sofrido na primeira fase do Mundial do Canadá. Temos Marta, um fenômeno. Fez um gol na competição, chegou a 15 na história e é a recordista em Mundiais. Aos 29 anos, ela merece o primeiro título no torneio. O Brasil merece. No domingo, às 14h, tem oitavas de final contra a Austrália. Vencendo ou não, vai dar orgulho, mas poucos vão se lembrar.
Logo depois, às 18h30, vai ser a vez da Seleção masculina, aquela das cinco estrelas no uniforme, entrar em campo pela Copa América precisando vencer a Venezuela. Do jeito que as coisas estão, não me surpreenderia um tropeço. Mesmo assim, poucos vão se esquecer do duelo. Que garotos e mulheres sejam inspiração. Para os homens em campo, para os brasileiros.