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Poder de síntese

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Tite não inovou tanto na convocação de sua Seleção Brasileira anunciada ontem. Enquanto muitos esperavam testes variados e uma legião de atletas que atuam no futebol brasileiro, apenas duas novidades: Cássio e Luan. Até confesso que esperava um número maior de experiências, já que o Brasil já tem passaporte carimbado para a Copa da Rússia e restam apenas dez meses para o maior evento esportivo do planeta. Mas não posso dizer que estou surpreso. Conhecendo a coerência de trabalho do técnico, diria até que Tite foi ousado.

Mais que ousado, os dois nomes novos enfatizam uma das características que fez de Tite um técnico de nível mundial. O treinador é um observador nato. Ao convocar um goleiro e um atacante como novidades, conseguiu resumir quatro meses de Brasileirão em 2017. Não há um atleta que melhor simbolize a vocação defensiva do líder Corinthians que Cássio, goleiro menos vazado na competição – o santista Vanderlei até merecia uma chance, mas acabou preterido diante do histórico do corintiano. Da mesma maneira, o meia-atacante Luan é a síntese do potencial e da versatilidade ofensiva do vice-líder Grêmio. Na linha de frente, ninguém no futebol brasileiro merece mais a chance que o gremista por tudo o que fez em 2016 e 2017.

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Além de, com a escolha de apenas duas novidades, conseguir sintetizar um campeonato brasileiro tão imprevisível, Tite sintetiza também, com sua coerência e boa leitura de jogo, a esperança de superarmos o 7 a 1 e de sonharmos novamente com um título mundial.

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