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Meu mestre, minha vida

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Todo ano de olimpíadas é a mesma ladainha no Brasil, o questionamento da falta de incentivo ao esporte é papo certo por todos os amantes dos jogos e comentaristas esportivos. Bastou uma derrota no que seria uma vitória certa, um choro ou até mesmo uma falta momentânea de equilíbrio, e o psicológico dos atletas brasileiros é botado em cheque. A falta da base nos esportes olímpicos também é questionamento comum de quatro em quatro anos, a “falta de incentivo do Governo” é sempre apontada.

Não é segredo para ninguém que o problema vai além das questões esportivas, atinge a esfera social e, principalmente, a educação que o povo brasileiro recebe. E quando você acha que com os erros apontados as soluções serão mais fáceis de serem encontradas é que a coisa piora, como a triste ideia de deixar a Educação Física como opcional na grade curricular.

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A mudança proposta pelo Governo com o projeto de reforma do Ensino Médio demonstra a falta de respeito com o professor e, principalmente, com o brasileiro. Quem já teve um mestre de Educação Física sabe da importância que o profissional tem na formação do cidadão. Foi com ele que aprendi a ter equilíbrio, a aceitar a derrota, a não me deleitar com a vitória e que as diferenças com os adversários acabam no fim do jogo.

Parece que a pressão sofrida pelos governantes após a medida ter sido divulgada surtiu efeitos, mas o ato não deixou de ser constrangedor para o professor de Educação Física. Tremenda bola fora num ano olímpico.

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