Todo início de temporada é batata que Adriano, 33 anos e Robinho, 32 anos, serão manchetes e notícias na mídia esportiva. Passam campeonatos, copas, presidentes da CBF e carnavais e a capacidade dos atacantes de virarem notícias não muda. Nada de anormal, uma passada de olho nos currículos da dupla justifica a capacidade de mercado que reúnem até hoje e o valor da marca e o retorno que cada um proporciona.
Robinho, disputado por times de ponta do futebol nacional, voltou para o Atlético-MG, um dos clubes mais estruturados do país, para ganhar um bom de um dinheiro, enquanto o goleador Adriano, pode largar sua vida “tá tranquilo, tá favorável” na cidade maravilhosa para o soccer ianque, no modesto Miami United, que disputa uma liga equivalente à Quarta Divisão, para também ganhar um bom de um dinheiro e virar sócio-jogador no time da cidade das compras.
Apesar da semelhança em ganhar a bufunfa, as escolhas e o gerenciamento das carreiras de ambos mostram realidades distintas. Adriano, depois de ver seu nome especulado por equipes da segunda e terceira divisão nacional resolveu vender sua “marca”, queimada nos principais times do país, para a terra do Capitão América e assim recuperar o seu capital no mercado num modesto clube da Flórida. Já o matuto e simpático Robinho resolveu largar a baixada santista, como fizeram os Bandeirantes, para subir as montanhas atrás de ouro, e, claro, títulos para o Galo de Belo Horizonte.