A juiz-forana Júlia Horta, de 25 anos, foi uma das concorrentes, no último domingo (08 de dezembro), do maior e mais glamuroso concurso de beleza, o Miss Universo. Diretamente de Atlanta (EUA), a atual Miss Brasil figurou entre as 20 mais belas do mundo. A protagonista da noite, entretanto, foi a sul-africana Zozibini Tunzi, também de 25 anos.
Mas o que ambas tem em comum?
A luta pelas mulheres, pelo protagonismo feminino, pelos direitos iguais entre os gêneros.
Durante o desfile dos trajes típicos, Júlia Horta homenageou a jogadora brasileira de futebol Marta – que por seis vezes consecutivas, foi eleita a melhor do mundo. E, como se não desse para ficar ainda melhor, Júlia arrancou do ombro uma grande faixa com os dizeres “Stop Violence Against Women” (Parem com a Violência Contra as Mulheres).
“Queremos direitos e oportunidades, respeito e espaço. Não queremos, não merecemos e não vamos tolerar ser violadas, agredidas, assediadas. O Brasil ainda está no Top 5 de países em que mais se matam mulheres no mundo. E a violência acontece em todo canto.”, escreveu Júlia em sua conta no Instagram, sobre sua faixa.
Já Zozibini Tunzi, ao ser questionada sobre o que devemos ensinar de importante para as jovens meninas de hoje em dia, não titubeou em dizer: “Liderança! É algo que tem faltado em jovens meninas e mulheres há muito tempo. Não porque nós não queremos, mas por causa do que a sociedade definiu o que as mulheres seriam. Acho que somos os seres mais poderosos do mundo. E a nós deveriam ser dadas todas as oportunidades. E é isso que deveríamos estar ensinando a jovens meninas: a ocupar espaço! Nada é mais importante do que ocupar espaço na sociedade e se estabelecer nela.”
E o que podemos concluir?
As candidatas da atualidade são muito mais conscientes e atuantes nas questões socioeconômicas, culturais e de impacto direto em nossa sociedade e nos países aonde vivem. Não se tratam apenas de rostos e corpos bonitos, mas de pessoas relevantes, que fazem a diferença e que prestam serviços em suas comunidades. Que prezam pelos menos assistidos e que realmente arregaçam as mangas por um mundo melhor.
Vamos velar por aquela “paz mundial maquiada” e dar boas-vindas às mulheres fortes, lindas, empoderadas e surpreendentes. E, para finalizar, representatividade importa.