Quando pensava em escrever esse texto só me vinha à cabeça essas palavras: Aprender, desaprender, reaprender. A frase não é minha. Ela é do escritor norte-americano, Alvin Toffler, mas cabe muito bem no contexto que vamos tratar hoje.
É inegável que nada será como antes no mundo em todas as áreas, principalmente na comunicação, depois dessa pandemia. A frase: “Tudo vai voltar ao normal”, não existe nesse momento. Teremos um novo normal!
Quem antes esperava o momento certo para ir para o digital, teve que correr para entrar nesse mundo. Quem achava que era só mostrar o produto que o cliente vinha, já começou a pensar em conteúdo de qualidade. Quem só focava num nicho de mídia, viu que a convergência é o caminho. E quem ainda não se tocou sobre tudo isso, deve estar passando perrengues.
Falo tudo isso por experiência e por conversar com colegas da área, trocas de ideias que foram potencializadas por esse projeto, encabeçado pelo Grupo Solar.
Nessa semana meus convidados trouxeram experiências e desafios que merecem ser compartilhados. João Paulo Rodrigues, Gerente de Marketing do Grupo Bahamas disse que os desafios foram grandes. O planejamento de comunicação de 2020 teve de ser esquecido e houve a necessidade assimilar muito rapidamente tudo que vem acontecendo. “Desaprender e reaprender”
É importante lembrar que os supermercados ficaram abertos durante toda a pandemia por serem considerados um serviço essencial e isso não significa que houve poucos percalços. Pelo contrário, afirma João Paulo. “Tivemos que nos adaptar aos diferentes decretos municipais, já que estamos em várias cidades de Minas e correr para comunicar isso. Com a mudança do hábito de consumo, aceleramos nossos processos nos meios digitais. Fomos criteriosos e meticulosos para não perder força no offline. E por manter as portas abertas, tivemos que nos comunicar de forma diferente em vários veículos, buscando educar e conscientizar nossos clientes”.
Meu outro convidado, Cristiano Coppus, Diretor Executivo da Go&Grow Agência de Comunicação já chega com uma provocação que faz aos seus clientes e que serve para todos nós. “Eu digo para aqueles que querem cortar o que chamam de custo: Poxa, se você está assim com a comunicação, como você estaria sem ela? E para quem ainda não faz, eu falo: Realmente está difícil, mas se você estivesse fazendo comunicação não estaria melhor? São questões para refletir”.
Cristiano ressalta que, houve sim um desespero no primeiro momento em todo o mercado, mas que está sendo transposto com argumentações e resultados e é categórico. “Falo muito da importância de repensar a estrutura de comunicação como um todo, os meios e a forma de fazer. A produção de conteúdo de qualidade, não quantidade, tem sido caminho. Essa é a era do conteúdo útil e real para quem está do outro lado. E mais: quem não estiver aberto a testar novas coisas, a fazer e pensar diferente, vai sofrer demais nesse novo normal”, concluiu Cristiano.