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Salada de flores e pancs para celebrar a primavera

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Chef do Vieiras ensina a fazer salada leve e com mix de sabores (Fotos: Olavo Prazeres)

Mesmo em Juiz de Fora, com sua notória meteorologia indecisa (para dizer o mínimo), ela chegou fazendo estardalhaço, com dias de céu aberto, solão e termômetros batendo a casa dos 30 graus: é Primavera! E como acontece com as roupas, que ficam mais fresquinhas e coloridas, nosso paladar também acaba pedindo mais leveza. A estação permite que os pratos tenham paletas mais cheias de vivacidade. E se as flores estão por aí nos jardins, elas também chegam à mesa não apenas como itens decorativos, mas como ingredientes nutritivos e cheios de sabor, como explica o chef Ricardo Vieira, do Vieiras. “A gente come vários tipos de flores, muitas delas sem saber, como alcachofra, couve-flor, brócolis… mas algumas flores de jardim ou que normalmente são descartadas também são comestíveis: cravo, rosas, violetas, hibiscos (cada vez mais usados em drinques), flor de abóbora, de abobrinha e outras plantas alimentícias não convencionais (pancs) como dente-de-leão, peixinho, azedinha e uma das mais usadas na gastronomia, a capuchinha.”

Segundo Ricardo, as flores agregam não apenas beleza à montagem dos pratos, mas o contraste de sabores entre pétala e miolo, por exemplo, trazem mais complexidade durante a degustação. Ele ressalta, entretanto, que o uso delas não pode ser indiscriminado, pois depende de certos cuidados. “Existem outras flores muito parecidas com as comestíveis e as pancs, mas elas podem ter alguma toxicidade, é preciso conhecer bem para usá-las e saber de onde elas vêm. Flores de lugares públicos como parques, praças, beira de estrada podem conter metais pesadas por ficarem muito expostas à poluição. As de floricultura também não devem ser usadas, porque são comercializadas com o intuito de decorarem, de durarem, e por isso contêm muito agrotóxico. E mesmo as que têm proveniência conhecida devem ser bem lavadas antes do uso”, orienta.

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A pedido da Tribuna, Ricardo criou uma saladinha em que sugere o uso de flores comestíveis (sem indicar uma específica, porque a disponibilidade delas varia) e a azedinha, panc bastante conhecida mas que nem todo mundo sabe de seu uso gastronômico. “O nome já sugere o sabor,e ela é aquela planta que parece um trevo de quatro folhas. O prato é cheio de cor, refrescante e equilibrado em vários sentidos: tem a proteína do shitake, a crocância da castanha, a acidez da maçã verde, e a flor escolhida acrescenta mais a essa mistura, sem que o prato fique pesado, bem a cara da estação”, diz o chef do Vieiras, que recentemente passou por uma reforma estética e em breve lançará um cardápio de primavera-verão. “Mas nossos clássicos continuam no menu, bem como novidades semanais que lançamos nas sugestões do chef”, diz Ricardo.

Ricardo Vieira mistura folhas e flores em salada que ainda leva castanhas e shitake

Salada da Primavera

por Ricardo Vieira

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