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A VOLTA ÀS AULAS EM 2021 E OS MODELOS DE ENSINO HÍBRIDO

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Estamos retomando nossa conversa sobre Educação neste mês de fevereiro e nada mais adequado do que pensarmos nos desafios que se impõem para o início de um ano letivo no auge da pandemia, neste momento em que a população brasileira ainda está começando a ser vacinada. Tudo indica que teremos um ano bastante atípico em 2021.

No ano passado começamos as aulas em fevereiro, sem termos a menor ideia do que nos aguardava no mês seguinte, quando fomos surpreendidos pela pandemia e precisamos deixar as escolas para trabalhar remotamente. Sem que houvesse planejamento algum para essa modalidade de trabalho, os professores e as professoras, profissionais criativos que são, se desdobraram para dar continuidade ao que haviam planejado, fazendo uso da tecnologia da melhor forma possível de acordo com suas possibilidades, levando em conta o contexto e a realidade de seus alunos.  Que desafio! Quanta disponibilidade!

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O momento agora é um pouco diferente.  Depois de um ano experimentando as melhores formas para conseguir a adesão dos alunos ao ensino remoto, aprendemos muito e nos defrontamos com a necessidade de planejarmos mais um ano de aulas à distância ou, na melhor das hipóteses, contemplando parte presencial e parte à distância, situação que deve perdurar por um bom tempo. É hora de aproveitarmos as boas experiências e de nos abrirmos para novas possibilidades, que atendam às necessidades de aprendizagem dos estudantes de hoje.

Segundo afirma Pierre Lévy, filósofo e professor da Universidade de Paris, em seu livro Cibercultura, as formas pelas quais o ser humano aprende estão diretamente ligadas às formas que usa para se comunicar. Ele aponta que a humanidade até hoje passou por três fases, no que se refere às formas de aprender. A primeira foi uma longa fase em que o pensamento/inteligência estava baseado na oralidade e as formas de aprender eram circulares. Em seguida, veio uma segunda fase baseada na escrita linear. O que estamos vivendo agora é uma terceira fase, baseada no hipertexto, em que a inteligência adquire uma dimensão coletiva, em rede.

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Para Lévy, a velocidade do surgimento e da renovação de conhecimentos indica que a partir de agora devemos pensar em espaços de aprendizagem abertos, emergentes, em fluxo, não lineares, que se reorganizem continuamente.  Nesse ambiente, a escola precisa estar a serviço do desenvolvimento de competências variadas, das quais cada indivíduo possui uma coleção particular e possa, por meio dos processos educativos, manter e enriquecer essa coleção de competências.

Para a elaboração de planejamentos mais assertivos, que colocam o aluno como centro do processo de aprendizagem contemplando, de alguma forma, tanto momentos presenciais quanto momentos à distância, podemos contar com as metodologias ativas, que já vinham sendo propostas antes da pandemia, dentro das quais se encontra o ensino híbrido, que tem sido tão falado ultimamente.

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No ensino híbrido, que contempla modalidades tais como a rotação por estações, a rotação individual, o modelo virtual enriquecido entre outras, as tecnologias digitais são inseridas de forma integrada ao currículo e têm um papel essencial no processo de ensino e aprendizagem, principalmente em relação à personalização do ensino. Nesses modelos, que rompem com a ideia exclusiva da aula expositiva, o aluno desempenha um papel ativo e desenvolve atividades à distância que contribuirão para as atividades que ocorrem nos momentos presenciais e que envolvem discussões e resolução de problemas a partir do que foi desenvolvido à distância.

Um exemplo desses modelos é a sala de aula invertida, em que o que era feito na sala de aula (explicação do conteúdo) é agora feito em casa, e o que era feito em casa (aplicação, atividades sobre o conteúdo) é feito na aula, seja ela presencial ou à distância.  A teoria é estudada em casa, antes da aula, por meio de atividades on line como, por exemplo, assistir a um vídeo, pesquisar sobre determinado assunto, ler um texto. O professor pode indicar também leituras e atividades usando o livro didático ou ainda, em contextos de mais difícil acesso à internet, disponibilizar materiais impressos. São muitas as possibilidades de aprendizagem para que o momento coletivo, envolvendo alunos e professores, seja aproveitado para discussões sobre um tema acerca do qual os estudantes já trazem uma bagagem.  Nessa aula o aluno tem um papel ativo em que participa de discussões, opina, levanta hipóteses, apresenta argumentos e vai, assim, desenvolvendo competências tanto emocionais quanto as relativas aos conteúdos que estão sendo trabalhados.

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Que possamos aproveitar este momento para que, em um processo dinâmico de aprendizagem, possamos alcançar, por meio das metodologias ativas, uma nova forma de aprender dentro desse novo contexto e dar um salto nos nossos processos educativos visando envolver nossos alunos em experiências reais de aprendizagem.

Para saber mais sobre as metodologias ativas de aprendizagem e ensino híbrido, consulte a Tríade Educacional https://www.triade.me/.

 

Contato:

Pricilla Cerqueira: primendescerqueira@gmail.com

Luciana Tenuta: lutenuta@gmail.com

Rita Batista: rica.basil@gmail.com

 

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