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• Sassaricando…

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Hoje pensei em falar sobre coisas leves. Afinal, quase todos queremos folga de nós mesmos na semana em que o Brasil para, ou melhor, se prepara para começar 2018. Nestes dias não se toca em assuntos desagradáveis, como a febre amarela, tema inadequado para tempos de folia. Melhor pensar nisso depois das festas de momo. Também não se aborda a violência institucional e simbólica a que somos expostos diariamente, pois é ruim estragar o feriado nacional com coisas da rotina de um país. Quem samba, seus males espanta, e se o incauto não gostar de samba, já dizia o compositor, é porque é ruim da cabeça ou doente do pé.

Pensando em amenidades, decidi ler sobre os planos dos foliões de plantão. Um menino com menos de 20 anos descreveu seu calendário: dia 10: beber até de manhã. Dia 11: ralar a “bunda” até o chão. Dia 13: me acabar. Dia 14: confesso que este dia eu esqueci o que ele planejou, mas, nesse ritmo, nem o próprio autor do post se lembrará do que idealizou para a Quarta-feira de cinzas.

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De economia eu entendo pouco, porém falar em números em pleno carnaval também parece uma baita chatice. Mesmo que a reforma da previdência afete um país, quem tem tempo para pensar nela? Essa coisa de manutenção de um sistema previdenciário sustentável até parece boa, desde que os que a propõem cortassem na própria carne os privilégios. Mas falar em carne em tempos de veganismo pode parecer politicamente incorreto. O respeito aos direitos dos animais é uma bandeira relevante, o problema é o desrespeito liderado pelos animais racionais.

Tudo isso parece uma grande bobagem nestes dias nos quais reina a fantasia. Trabalhamos tanto, não é? Merecemos folga. Quarta-feira, quando cada um tirar a sua máscara, talvez se volte a pensar no Brasil.

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