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Não sou Alice no País das Maravilhas

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O Brasil não tem jeito. A frase que tem sido repetida como mantra, à exaustão, expressa a nossa falta de esperança na viabilidade da nação. Em momento de completa destruição do projeto de país, no qual o que está em jogo não é a legalidade, mas o que os poderes definem como sendo ou não válido, a única certeza que temos é de não sermos representados por indivíduos e instituições que, ao invés de repercutirem a nossa voz, têm se esforçado para nos calar.

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Mas apesar de todo o desajuste social e político no qual estamos mergulhados nesse momento de transição, tenho me esforçado para não engrossar o coro do Brasil vencido pela corrupção e por seus corruptores das altíssimas esferas. Busco inspiração em pessoas que, de Norte a Sul do Brasil, têm usado sua expertise para criar novos olhares na forma de se construir política pública. Gente com visão holística, capaz de perceber que, se o todo é mais importante do que a soma das partes, indivíduos, instituições, interações, ideologia e interesses também contam e devem ser respeitados em suas diferenças.

De professores a médicos, de funcionários públicos e privados, de lideranças comunitárias a coordenadores de escolas de inovação, tenho encontrado, em minhas andanças jornalísticas, os que fazem a diferença no local onde estão inseridos. Gente que gosta de gente, capaz de fomentar sonhos que não limitam o ser humano, que acredita na participação coletiva como único caminho para um cenário mais justo. São os filhos de um país que só dá certo se todos se beneficiarem dele. É desses encontros que quero me cercar. Muito longe de ser taxada de Alice no País das Maravilhas, penso que a lógica do absurdo é se curvar ao Brasil da desesperança. Que meu verbo seja sempre resistência.

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