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Ao que vai nascer

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O que um profissional de propaganda deseja – e o que se espera dele – é sempre a grande sacada. A obra-prima. O milagre da multiplicação de likes, de views, de vendas. E esta capacidade que o ser humano tem de criar é insubstituível. Pelo menos por uns 200 anos – ou menos.

O ofício de produzir peças, campanhas, slogans e similares para se vender marcas e produtos é uma arte a serviço do mercado. A simplicidade, capacidade de persuasão e o poder de síntese que a propaganda exige é o grande barato.

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Colocar uma campanha no ar requer um esforço intelectual enorme. Um fighting, alguns rounds de MMA. Fazer girar as engrenagens do tripé agência-veículos/forncederes-anunciantes para executar qualquer job, normalmente, quase ninguém tem noção da complexidade que é.

E a dessacralização de uma direção de arte, título e texto joga contra. Parece que tudo fica fácil. “Para ontem” – frase que, confesso, tenho resistência em ouvir – é a máxima de um país que não sabe culturalmente planejar, pensar adiante e colher resultados mais seguros e previsíveis – ou surpreendentes.

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Espera-se de um profissional de propaganda a melhor ideia entre as milhões de outras que vão surgindo. Sim. Deparamos cada dia mais com a racionalidade guiando a emoção de criar. Medo de ousar, do original. E se tem muita a coragem de copiar.

Fazer girar a roda da propaganda é fazer girar a fundamental roda do mercado. Competitividade, meritocracia, ajustes, faro, mensuração. Tudo junto e muito mais para realizar metas, posicionar e valorizar marcas e vender.

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Não há dúvidas de que em um mercado em que a fatia nobre, o bife de ancho, vem de verbas “oficiais” (do meu e dos seus impostos), o universo publicitário se concentra muitas vezes nas mãos de grandes e articuladas corporações de propaganda. Mas nada apaga as oportunidades que brilham em um mundo tecnológico e conectado. O mundo para o profissional de propaganda ficou muito pequeno – ao alcance de todos. Abriram-se as portas do planeta para se passear e ter a visibilidade que jamais se teve na história da humanidade – esteja onde você estiver.

Rogo sempre pelas nossas melhores inspirações que são infinitas e jamais vão acabar. São elas que nascem a cada dia. A cada hora. A cada instante muitas vezes inusitados! Pode ser que de vez em quando resistam. Há as vezes em que o ego inflado não as deixa nascerem. Há outras em que elas querem surgir mas não aparecem. E há aquelas que, de repente, aparecem fulgurantes, indomáveis e prontas.

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Força ao que vai nascer. Força aos jovens estudantes, profissionais e sonhadores que continuam, como nós, buscando a grande ideia, a grande sacada – e, da sacada, esperar os aplausos vindo de um reconhecimento ditado pelos números, mas guiado por aquela sensação única e insubstituível do dever cumprido.

Haja a inteligência artificial que houver. Não há robô a ser criado que vá conseguir arrepiar e deixar descer uma lágrima pela sensação da conquista. Sejamos sempre fortes. Sejamos sempre este equilíbrio único de emoção e razão. E façamos sempre acontecer.

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Email para sergio@idc.art.br

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