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Apontamentos para o dia 23 de abril de 2019

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Oferecem-me uma taça de vinho e uns cubos de queijo de cabra no domingo de páscoa, que leite de cabra é isso e queijo de cabra é aquilo, enquanto preparo o almoço (frango assado comprado na rua de baixo e macarrão veloz ao alho e manteiga. de vaca). Meto um pedaço do queijo na boca, desgosto, bebo inteira a taça de vinho e praguejo nessa manhã santa: não é à toa que a cabra é o símbolo do capeta.

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Nosso presidente tem uma luta difícil pela frente. O adversário, o coletivo de caminhoneiros que promete para a próxima semana uma paralisação geral, é casca grossa. Em termos de confronto, dos últimos que me vêm à memória envolvendo o líder máximo do Brasil, um mostram-no gritando com uma mulher que pesa menos de 50 quilos no Congresso Nacional, e outro sendo esfaqueado por um lunático em Juiz de Fora, de forma traiçoeira e sem chance de defesa. Portanto, não são combates que possamos levar em consideração a respeito de suas habilidades marciais. Todavia, para munir nosso mandatário-mor das condições adequadas para o vindouro combate, tenho elaborado um programa especial de treinamento presidencial. Ainda estou em avaliações preliminares, mas a referida preparação começará com o presidente carregando uma carreta bitrem com 52 toneladas de paricá numa madeireira a sua escolha em Santarém, com destino a Porto Alegre via BR-163.

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Há um provérbio basco que diz: “o que tem nome, existe”. Logo, é infrutífero o debate em torno da existência ou não de deus, como sempre se suscita em dias santos. Segundo a sabedoria basca, a própria pergunta “deus existe” contém em si a resposta. Ora, se escrevo “deus”, é porque tal existe. Acreditar nele é que são outros quinhentos.

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Chegou a mim por e-mail, 48 horas depois da publicação da coluna do dia 26 de março, intitulada “Me deixa uma dúvida”, uma observação do leitor JP Vieira, antigo colega da Faculdade de Comunicação da UFJF, a respeito da famigerada derrota sofrida pelo time da Facom diante da Educação Física, por retumbantes 20 a 0, mais de 20 anos atrás, e que somente agora transcrevo, para bem geral da história do futebol universitário juiz-forano. “Só para lembrar você e o João Márcio que eu estava também no time que sofreu aquela goleada e foi em junho de 1997, meu último ano na Facom. Para nossa sorte, no mesmo fim de semana, a Arquitetura (com 11 em campo) perdeu de 22 a 0 para a Fisioterapia. Nós levamos ferro, mas só jogamos com sete.”
Recebi, caríssimo JP, com grande alegria sua mensagem, mas também com um pouco de tristeza. Afinal, nem na arte de ser o pior aquele time conseguiu ser o melhor. Com as cordiais saudações rubro-negras!

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