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Episódio colhido em fila de supermercado

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(telefone toca)

– Oi, amor… não, não… já passei do caixa já, tô empacotando.
– …
– O quê? Voltar?? Jeito maneira, tá doida? Um filão danado aqui, sô. Parece que amanhã vai cair bomba atômica e todo mundo veio pro mercado estocar comida. Você não tem ideia… Volto não, nem por reza.
– …
– Cerveja de garrafa? Né não, amor, é o vidro de azeitona que bateu no vidro de azeite, é isso. Tô levando latinha. Doze. E aquela preta que você gosta também.
– …
– Eu não vou voltar lá dentro, Ludmila! O mercado tá lotado! Por que você não me mandou uma lista, hein? Olha a hora… tá quase na hora do jogo, eu não vou voltar lá dentro por causa de uma batata baroa.
– …
– Cenoura baroa, que seja.
– ….
– Não é só por causa do jogo não senhora! Quer que eu te mande uma foto pra você ver, quer? A fila tá tão grande que dá pra ler um artigo da Eliane Brum inteiro aqui em pé!
– …
– Não senhora, não senhora! Não vem fazer chantagem com a menina não. É jogo baixo seu.
– …
– Dá um miojo pra ela, pô! Tem aí na gaveta de baixo.
– …
– Não, não, não! Não tem nada de cancerígeno não. Nada de cancerígeno. O outro tem, esse daí não tem não.
– …
– Como é que eu sei… como é que sei?! É da Turma da Mônica, Ludmila! Miojo da Turma da Mônica vai lá ser cancerígeno, meu amor???
– …
– Ludmila? Ludmila?

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