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Sobre as descobertas da NASA

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Não tem nem muito tempo, a NASA, que vira e mexe tem um alarde apocalíptico feito em nome dela, descobriu um novo sistema solar, com sete planetas do tamanho deste nosso, que tantas vezes é só amargor. Entendo nada de astronomia, de qualquer coisa do espaço e honestamente, talvez menos ainda sobre esta Terra que já existe há bilhões de anos e em que eu, pessoalmente, estou circulando há 31 anos. Mas ler por aí nessa internet sem porteira que existem sete mundos como o nosso me deu ainda mais certeza de minha plena ignorância, até ante fatos dados como irrefutáveis.

Sigo tentando não saber tão pouco, ora com sucesso, na maioria das vezes sem. Alguns aprendizados vêm na porrada, a fórceps, goela abaixo, e sob todas as outras metáforas de força bruta que possam existir. Estes, diz a sabedoria popular, minha parca experiência e o Pato Fu, que são para sempre: “as lutas que perdi, estas sim, eu nunca esqueci”. Mas, reconheço que, como já diriam baluartes do sertanejo antes de virar modinha, “A ferro e fogo não dá.”

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Como tantos planetas desconhecidos que vão aparecer por aí ao longo dos anos, há muito que não se vê na espessa cortina de fumaça da vida cotidiana, de tudo que há de bom e ruim. Normalmente, quando o fumacê baixa e podemos enxergar as coisas com clareza, transparece o oposto do que é belo, e que tantas máscaras tentam omitir. Pode ser também que estejamos com os olhares mal-acostumados e viciados, e o que é pior, tenha tendência a ficar visível mais facilmente. Mas desta vez não.

Sempre que se pensa em câncer – pelo menos eu -, uma sirene de solenidade e de medo soa na cabeça. Mas desta vez não. De um grupo de apoio de mulheres com câncer de mama, ouvi que, umas com as outras, elas aprenderam a se amar, a se achar belas, a encontrar a força de que tanto precisam para seguir em frente, com o tratamento e a vida. Aprenderam umas com as outras. É incrível ver surgir tanto viço e cor de onde o senso comum nos faz crer que só há cinza e opacidade.

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Eu ainda vou ficar estarrecida todas as vezes em que descobrirem um planetinha novo lá no caixa-prego, ou quando Plutão for destituído de seu status de planeta novamente. Sou muito burra de astronomia, de qualquer coisa de exatas, de boa parte das relações humanas e de localização geográfica. Mas tenho uma memória fotográfica, costumo me dar bem com palavras e tenho uma única certeza. Se um dia a NASA descobrir luz no fim do túnel, só chegaremos a eles juntas, levando umas às outras.

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