AGU aponta moradora de JF como suspeita de financiar ato golpista

Advocacia-Geral da União pediu bloqueio de R$ 6,5 milhões em bens de 52 pessoas e sete empresas apontadas como financiadoras de transportes


Por Agência Brasil

12/01/2023 às 19h37- Atualizada 14/01/2023 às 12h38

Advocacia-Geral da União pediu ao juízo da 8ª Vara Federal Cível do Distrito Federal o bloqueio de R$ 6,5 milhões em bens de 52 pessoas e sete empresas apontadas como financiadoras de transportes para os atos golpistas registrados em Brasília no domingo (8), quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e destruíram parte das sedes dos Três Poderes. Entre os nomes listados, está o Cláudia Reis de Andrade, moradora de Juiz de Fora.

As pessoas e empresas citadas na ação civil pública protocolada na última quarta-feira (11), fretaram ônibus apreendidos por ordem assinada pelo ministro Alexandre de Moraes. A lista foi elaborada com o auxílio de dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Segundo a AGU, o grupo teve ‘papel decisivo’ no que ocorreu no domingo, e assim devem responder pelos danos causados ao patrimônio público federal.

PUBLICIDADE

No documento entregue à Justiça Federal no Distrito Federal, a AGU lista pessoas e empresas de dez Estados – São Paulo, Mato Grosso, Goiás, Paraná, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Tocantins e Espírito Santo. Segundo o órgão, as 52 pessoas e as sete empresas listas ‘de vontade livre e consciente, financiaram/participaram de atos que se convolaram em atos ilícitos dos quais, mais que os danos materiais ao patrimônio público federal, resultaram danos à própria ordem democrática brasileira’.

De acordo com o órgão, o montante de R$ 6.539.100,00 requerido deve ser usado para reparar danos causados pela depredação de patrimônio público. O valor indicado na ação é tido como ‘preliminar’ – leva em consideração ‘estimativas’ sobre danos de R$ 3,5 milhões ao Senado e de R$ 3,03 milhões Câmara. Ainda não foi calculado o prejuízo causado ao Palácio do Planalto e ao Supremo Tribunal Federal.

A lista de pessoas e empresas incluídas no pedido de bloqueio de bens pode ser acessada por meio deste link.

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.