Crise dos Semicondutores

Por Kamylla Correia e Rodrigo Dutra

22/02/2022 às 07h00 - Atualizada 21/02/2022 às 16h07

Automóveis, eletrodomésticos, celulares e computadores são apenas alguns exemplos de um amplo e diversificado grupo de produtos que necessitam de semicondutores. Atualmente, o mundo vive uma crise no mercado dos semicondutores, gerando um efeito cascata que atinge desde a fabricação de determinados produtos até o bolso do consumidor final, que sofre com o aumento de preço gerado pela menor oferta dos produtos em questão.

Mas afinal, o que causou a crise dos semicondutores?

PUBLICIDADE

Com o início da pandemia, grande parte das montadoras automotivas suspenderam a produção de suas fábricas, diminuindo a demanda do setor por semicondutores. Por outro lado, a implementação do trabalho em home office e do ensino a distância fez com que a demanda por aparelhos como computadores e celulares aumentasse consideravelmente, elevando a demanda por semicondutores para a produção desses.

Segundo a Bain & Company, uma empresa americana de consultoria, 70% dos semicondutores produzidos em 2020 foram direcionados para a indústria eletroeletrônica. No entanto, com a retomada da produção por parte do setor automotivo, a oferta de semicondutores não foi suficiente para suprir a demanda crescente, causando atrasos de entrega e até mesmo falta do produto no mercado. Além disso, vale ressaltar que o alto custo e a elevada tecnologia dificultam a rápida criação de fábricas de semicondutores agravando ainda mais a crise.

Para este ano, espera-se uma diminuição da demanda de semicondutores para dispositivos eletrônicos e um aumento da capacidade de produção sendo realocada para a indústria automobilística. Porém, em um cenário menos otimista, o volume perdido de produção não seria recuperado antes do segundo semestre deste ano, em um cenário em que a falta de semicondutores ainda continuaria impactando a produção dos veículos.

O conteúdo continua após o anúncio
Conjuntura e Mercados

Conjuntura e Mercados

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade pelo seu conteúdo é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir postagens que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.



Leia também