Movimento Escolas Abertas realiza vigília na porta da PJF

Grupo busca chamar atenção da Administração municipal para reivindicação de reabertura das escolas


Por Marcos Araújo

17/05/2021 às 21h10- Atualizada 17/05/2021 às 22h16

Em favor do retorno às aulas presenciais e ou de forma híbrida em Juiz de Fora, integrantes do Movimento Escolas Abertas realizaram, na tarde desta segunda-feira (17), um ato, no saguão do prédio da Prefeitura. Com faixas e cartazes, com dizeres como: “Boniteza é criança na escola” e “Escola é atividade essencial”, os participantes queriam chamar a atenção da gestão Municipal, uma vez que consideram que, há mais um ano com as portas dos colégios fechadas, a aprendizagem e o bem-estar psicológico dos estudantes possam ficar prejudicados.

“Nossos filhos estão adoecendo, não estão aprendendo. A perda é imensa, e há estudos suficientes que mostram que, com os protocolos devidos, é possível voltar às aulas presenciais de forma segura”, afirmou Débora Giacomini, uma das lideranças do grupo.

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Segundo ela, como estava agendada para a tarde desta segunda uma reunião entre Ministério Público e Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), para esclarecimento dos motivos pelos quais a Administração ainda não liberou as aulas presenciais, o Movimento Escolas Abertas decidiu pela manifestação.

Ato com cartazes e crianças foi realizado durante reunião entre a Gestão municipal e o Ministério Público (Foto: Fernando Priamo)

“Já existe um protocolo sanitário pronto, que foi executado pelo Grupo de Trabalho (GT) criado pela PJF com esse objetivo, mas ainda não foi publicado. E esse é um dos questionamentos do Ministério Público. Assim, em razão dessa reunião, resolvemos fazer essa vigília para dar apoio ao Ministério Público e para servir de pressão sob a Prefeitura, a fim de que haja a liberação das escolas dentro dos protocolos sanitários e pedagógicos”, disse, ressaltando que o movimento é composto por pais e mães de alunos de escolas públicas e privadas. Débora é mãe de dois filhos, que cursam o terceiro ano do ensino fundamental e se diz preocupada com o impacto da falta da escola na vida das crianças.

“Particularmente, na minha casa, pela assistência que dou, pela estrutura que podemos dar para nossos filhos, não vejo dificuldade no aprendizado. O que sentimos mais é a falta de convívio, a ausência do desenvolvimento de uma socialização, algo que eles não vão recuperar por mais que a gente tente suprir de alguma forma entre a família. Todavia, isso não é suficiente, porque o convívio com a diversidade de formatos de educação, estruturas familiares diferentes, isso eles estão perdendo. Há uma preocupação, porque ficamos sabendo de outros pais que as crianças estão desinteressadas, muito ligadas a jogos e à internet, desenvolvendo um quadro de obesidade, de depressão e muitas queixas de outros sentidos em razão da falta da escola”, argumenta.

Como a Tribuna publicou em matéria, neste domingo (16), o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), durante a reunião, pretende sanar dúvidas e receber, por parte da gestão municipal, um documento formal e cientificamente fundamentado, abordando as condições definidas pela PJF para o retorno das atividades escolares presenciais e a publicação do protocolo sanitário elaborado pelo Grupo de Trabalho, criado pela PJF, envolvendo diversos segmentos com interesse na questão.

Sobre os questionamentos do grupo que manifestou na frente de sua sede, a Prefeitura afirmou que não iria se posicionar. Até o fechamento desta matéria, ainda não havia informações sobre como foi a reunião entre Ministério Público e PJF.

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Tópicos: coronavírus

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