O que importa é só o resultado?

O resultado é o que importa, entretanto, a execução é a palavra de ordem


Por Lili Luchin

24/08/2020 às 13h00- Atualizada 25/08/2020 às 14h50

Esses dias, durante um trabalho de consultoria, ouvi, depois de um desencontro de informações, que não importava olhar para o que havia ocorrido, eu deveria era entregar o resultado. Fiquei bem intrigada, o que foi bom.

Passei a refletir sobre isso e me lembrei que tenho um livro, que já li, e estou relendo, com o título Vicente Falconi: O que Importa é Resultado, escrito por Cristiane Correa. Ele trata de parte da trajetória profissional de Vicente Falconi, professor de engenharia, que ficou conhecido como o revolucionário do modelo de gestão do país. Logo, pensei: O pessoal estava certo, então, o que importa é mesmo só dar resultado. Mas quando comecei a reler, recordei que Falconi defende que o resultado é o que importa, entretanto, a execução é a palavra de ordem. Execução, quer dizer, olhar para os métodos, processos, fazer medição, análise, dar treinamento e ter planejamento!

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Mas porque estou falando isso numa coluna sobre comunicação? Porque em comunicação, para se ter o resultado esperado, é preciso planejar, observar, testar, aprender, se adaptar, ter estratégia. É preciso pensar no processo, também!

Quando você só pensa no resultado, talvez, fazer um anúncio ou uma postagem e ter mais clientes ou vendas, já é suficiente. Mas eu lhe digo: se você não pensar em como receber, cuidar e manter esse cliente, bem como, qual a mensagem você quer que ele leve e fale de você, o seu resultado não será eficiente e nem efetivo, talvez, apenas, eficaz.

Gilze Bara, jornalista, doutoranda em Educação, professora e coordenadora dos cursos de Jornalismo e Publicidade do UniAcademia, minha convidada, reforça. “A minha dica é estar aberto para se adaptar, estar aberto para se reinventar o tempo todo. Porque o mundo não para. As coisas não deixam de acontecer. Precisamos nos adaptar, nos reinventar e comunicar isso para nosso público”. Gilze conta que o ensino presencial foi interrompido logo no início da pandemia, mas as aulas não deixaram de ocorrer. “O momento foi muito desafiador sim, mas nós demos sorte de já ter um ambiente virtual de aprendizagem. Quando houve o isolamento, não perdemos um dia sequer de aula. A gente foi aprendendo as melhores maneiras de passar os conteúdos, fomos adaptando e melhorando. Não podíamos estar de forma presencial, mas ficamos mais próximos”

Leandro Braga, Analista de Comunicação do UniAcademia, disse que um dos desafios do momento foi acompanhar a rapidez das mudanças e comunicar isso. “O maior desafio no início foi dar respostas rápidas sobre como seria a prestação de serviço, e, às vezes, não tínhamos respostas prontas. Essa comunicação teve ser rápida e imediata assim que as diretrizes foram dadas, acompanhando a repercussão do nosso público”.

O UniAcademia, que antes era CES, passou a ser Centro Universitário bem no início da pandemia.  Leandro afirma que, havia um planejamento estruturado para comunicar essa mudança e que teve de ser adaptado. “A gente havia planejado evento, grande divulgação na mídia, mas tivemos que mudar. Fizemos a mudança online e em outras mídias de forma sucinta e aproveitamos a campanha do vestibular para apresentar a marca UniAcademia”.

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