Painel 29-10-2016

Atos finais

Os candidatos Bruno Siqueira e Margarida Salomão marcaram ações para este sábado no Centro da cidade, no encerramento da campanha eleitoral em Juiz de Fora. O Calçadão deverá ser o principal ponto de concentração da coligação do peemedebista, enquanto a Marechal Deodoro ficará por conta da representante petista. Os dois lados tinham a intenção de ocupar o mesmo espaço, mas uma decisão judicial, assinada pelo juiz Edir Guerson, considerou, mediante petição, que haveria risco. Os dois eventos marcam também o encerramento da campanha de rua na cidade.

Mesmo erro

O senador Aécio Neves perdeu as eleições presidenciais em Minas, estado que os cardeais tucanos consideravam ser a pedra de toque no pleito de 2014, e nem refez os caminhos. Agora, quando se esperava que a lição tivesse sido aprendida, só na reta final da disputa municipal em Belo Horizonte é que ele e seu grupo perceberam a ascensão do empresário Alexandre Kalil em cima do tucano João Leite. Aécio voltou para a capital para tentar reverter o quadro. Se vai conseguir é outra história, pois as recentes pesquisas apontam Kalil à frente. Quem também errou foi o prefeito Marcio Lacerda. Em vez de compor com Aécio, lançou candidatura própria e ficou no meio do caminho.

Números do Ibope

A pesquisa do Ibope divulgada ontem, a despeito das oscilações, não surpreendeu, pois é próprio de reta final a aproximação dos candidatos, ainda mais após uma propaganda eleitoral de tempos iguais e de maior duração. O primeiro cenário, no qual Bruno Siqueira tem 49% e Margarida Salomão tem 33%, é resultado deste processo. Chama a atenção, porém, o percentual de indecisos, que manteve os mesmos números: 4%. A cidade, ao contrário de outros centros, tem um número baixo de pessoas que não sabem em quem votar. A mesma avaliação passa pelos votos nulos e brancos, de 14%. Em colégios eleitorais nas quais a disputa se radicalizou, os eleitores estão preferindo anular em vez de apostar em um dos dois projetos.

Como em 2012

Tirados os demais itens, os votos válidos, ao indicarem 60% para Bruno e 40% para Margarida, se aproximam da performance de ambos nas urnas de 2012. Na primeira vez em que se enfrentaram, o peemedebista conquistou 163.685 votos, equivalentes a 57,159% dos votantes; Margarida obteve 122.684 votos, que significaram 42,841%. Se for considerada a margem de erro de quatro pontos percentuais, definida pelo Ibope, o cenário de quatro anos atrás é o mesmo a 24 horas da eleição.